Refila, sim refila
Diz da tua caganeira
Refila de qualquer maneira
Corre e entra na fila
Refila mesmo asneira
No país das maravilhas
Era só o que falecia
Refilar sem entrelinhas
O jeito que isto faria
Porque não criar uma linha
Cada um que a utilize
Pode dizer mal da vizinha
E falar de politiquice
Mas, o poeta indolente
Quer mais senhor prior
Não basta gritar somente
O grito atrai calor
E pensou, pensou
Se pensou melhor o fez
A linha à merda mandou
E falou de uma só vez
Parem lá com o chifrim
Que ainda ficam roucos
Não basta respingar assim
Neste país de loucos
Refilar cedo se aprende
A mais pequena criancinha
Refila até surpreende
Com a conversa, é moínha
Moínha é afinal
O apagão que apaga
A memória o vendaval
Ai jesus mas que praga
O poeta jurou silêncio
No ano do vinte e um
Refilem, não me convenço
Mas está farto do jejum
Por isso o fuinha acordou
E agora é um ver se te havias
Toca a fazer burburinho
p`ra refilar aqui estou.
poetamalditoporentreaspedras.blogspot.com
Transeunte na miragem
Podendo enquadrar-se dentro da conjuntura que lhe der na gana, a fonte de inspiração