Poemas : 

O que fizeram com a vida - Lizaldo Vieira

 
O que fizeram com a vida - Lizaldo Vieira
Não foi pra isso
Que o mestre disse
"Vem
Segue-me"
O que fizeram com a vida
Era só um metal bonito
Brilhoso
Quase ouro
Que não reluz luz
E finda com morte
Atrocidades diversas
De homens
Mulheres
Meninos
Meninas
Insetos
vidas diversas da água
Do solo
Do ar
E plantas biodiversas
ANIMAIS
Diluíram
Ao pó
Ao nada
Num só boom
Astronômico
Atômico
Fim de caminhada
Sem um até breve
Boa noite
Nada
Nem mesmo um grito por socorro
Ou sorriso silencioso
Não se viu
UM ate mais tarde
Cadê
Só longo estrondo
Doido
Tonto
Zonzo
Longo sono
Interrompeu a marcha da aurora
Puniu a história
De Hiroshima
Nagasak
Por bombas tantas
Bombas tontas
Assassinas
Insanas
Tiranas
Miséria de brinquedo macabro
Que mata
Sega
Aleija
Atinge
O novo
A velha
E antigas civilizações
Tingiram os céus com holocáustico
É sobra do absurdo
Pro mundo surdo
Mudaram o ritual vital
Puniram inocentes
Ignoraram a gente
Da gente
Que vivia a sorrir
Com novo e belo por vir
Mataram mais de 250.000
Inocentes
Pobres
Ricos
Indiferentes
Num boom
Nojento
Num zoom ardiloso
De fumaça quente
No ar
Destrocara sem piedade
O que não serve pra comer
Triste sinistro
Fantástico horror
Chernobyl
Goiânia césio 137
É esse pavor
Que não quero
De novo
Nunca mais recordar
Essa lição
Dos finais dos tempos
Que as ciências modernas
Excutam
E não explicam


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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