Vermelhos matizes são indícios de
um belo pôr de sol, que nos
espreita detrás do rio, indo na suavidade
das águas, até onde estas se
cristalizam. Na fluência das cores, que
atravessam o céu e dão um
certo romantismo, ao velho entardecer,
há uma cadência, abrangendo
tudo o que alcança. E uma ave, como que
numa estampa, atravessa o olho
do sol, ficando-nos a ideia, de que o tempo
parou, por breves instantes.
E para não ferir a paisagem, uma árvore
solitária, escolheu o seu canto,
tão exíguo, quanto o espaço, que a acolhe,
por entre os braços das nuvens,
que se espraiam, através do colorido dos céus,
gradualmente descendo, por
sobre a linha do horizonte, recheadas de
tintas vermelhas e amarelas.
Até que, por fim, a noite surge, desmaiando
por sobre a prata das águas,
na influência mais proeminente, da lua cheia,
que assim reclamou o seu espaço.
Jorge Humberto
24/10/11