Os deuses querem a paz
E eu vivo para servir,
Seja do humilde capataz
Ao mais ilustre grão-vizir!
Sou humilde de concepção
E mais humilde no caminho,
Por ver que neste chão
Ninguém está sozinho!
Os deuses me deram tanto
Pelo pouco que pedi
Que nem me perco em prantos,
Pois é para lutar que nasci!
Eu apascento o rebanho
Nas noites frias sem luar,
E não me prendo ao que ganho
Porque daqui nada posso levar!
Sei que minha ambição
É o trampolim para o mundo,
Mas tenho os conceitos da razão
Guardados na alma bem fundo!
O mundo é bom
E nada nele se perdeu
Por ter guardado o tom
Do diálogo entre os deuses e eu!
feradapoesia