Poemas : 

Vidas solidão - Lizaldo Vieira

 
Vidas solidão – Lizaldo Vieira
Não
Não
Não é real
Tudo pedeu o jeito
O aconchego
A beleza
A vida
O calor
A natureza
Não é a mesma praça
A gente não é mesma
A cidade não é mesma
Nem o mesmo jardim da dinda é o mesmo
Tudo feio
Calado
Ruivo
Sem vida
Tonta e zonza
Bronze no zinabre
Panorama de vidinha faroeste
Muito tranqüila dos filmes de época
Escondidos na erva daninha
No nada
Ruas feias
Olhares desconfiados
Ao cavalheiro desatento
Não basta um olhar sobre monaliza empoeirada
Na sala de estar
Num estado de silueta
Preponderando a aparência de uma magestade
De aparencia morbida
Sorriso amarelo
Tempo empoeirado
Lustres encobertos
Por teias de aranha
A velha mobília
Comprada a peso de ouro
Nas casas Bahia
Vive apenas uma em relicário
Do entardecer lindo
Que teima em não se por
Um cantar solitário
Do pássaro acauã
Sobre a paisagem desolada
De tudo
Do nada
Toda desbotada
Paredes descascam feito pele de lagarto
Ao alvorecer da primavera
O jardim deu-se por vencido
Perdeu saudáveis aromas
De jasmins e sorriso s
A cor do telhado tornou-se menos nítida
O tempo cuidou de desbotar sua silhueta
Vi em tudo
Perder a cor
Ate mesmo o brilho foi-se com o tempo.
Esmoreceu-se da vitalidade
Desvaneceu a alquimia
De e certos
Estamos curvados
Ao mundo eletrizado
E aos prazeres vazios
De sonhos
Afogados em tonalidades cinzentas


Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...

 
Autor
Lizaaldo
 
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