É manhã outra vez
e os pássaros cantam
a emigração dos catraios
para outras derrocadas
levando no coiro
pedaços de esperança
puzzles infinitos.
Artimanham as iras
com decilitros de luz
como xaropes de viagem
contra os encontrões
nos desígnios da vida.
Antecipam-se à sina,
fazem-se cavaleiros
e os filhos esperam resumidos
decifrando as ursas
sem surpresas
e empacotados concorrem
aos postais da saudade
num sigilo distante com
ábacos de esperança
e de regresso.
Amanhã outros irão partir também
com logro com o choro
e credo mate das crias.