Começo e recomeço
Normalmente,
O começo é na cama,
E o que nasce de quem se ama
Logo vai para o berço!
Depois, há um recomeço
Enquanto a mãe reza o terço
Para que não haja tropeço no recomeço,
Ele, para não se constipar,
Veste a camisa
Enquanto na cama desliza!
De vez em quando da cama sai
Para acudir ao ai ai
De quem está no berço
Enquanto não chega a mama,
E se antes mundo não havia
Depois houve um começo,
E por cada vida que morria,
Havia outra no recomeço,
É como a poesia num poema,
Que mal vê a luz do dia
Logo outro poema
Escorre do bico da pena,
Porém, no começo,
Com tropeço no recomeço,
Nasce alguém
Que nem vai para o berço!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar-PORTUGAL
Figas