Numa tela tão puramente ingénua, esbocei as minhas ânsias atenuadas num esvaziado recanto, desenhando esquiços de acreditados sonhos. Delineei naufragadas peripécias, encalhadas histórias e afundadas narrações, perdendo-me nos meus choros contidos e rendendo-me aos meus soltos pensamentos. Ressoando as minhas arcaicas memórias, contornei a saudade do meu riso e tracei os vocábulos inflamáveis, para que o proclamar de morosos devaneios, evocasse o meu rabiscado coração. Com o fiel pincel que nas mãos tinha, cerquei os estilhaços que no tempo se penduraram e no pulsar de uma peculiar fantasia, rasguei os escombros cingidos ao meu intricado saber. Sibilando os remates finais, retoquei o meu condiscípulo fundo e na essência de mim mesmo, tive o deleite de esperar pelo meu enlaçado sorriso, como presenteio de um rubro futuro.