Não tive o nascer do sol, estava dormindo. Meu café da manha já foi meu almoço.
Deixei na cama minhas tristezas e todas minhas reclamações.
No travesseiro lagrimas já absorvidas pela fronha, e sonhos que já não acredito tornarem realidades.
Sei que somente terei metade das minhas alegrias, mas já estou feliz por isso.
No momento sinto um aroma gostoso no ar, de um dia feio, cinza e com chuva,
mas que me traz um brisa que contamina meus pulmões com sentimentos de esperanças.
Quase esquecido esta o meu ontem, e ainda descoberto esta o meu amanha, mas o meu hoje,
mesmo pela metade já esta inteiramente completo. E ele apenas começou.
Não tenho pássaros cantando em minha janela, mas tenho meu filho gritando,
sorrindo e pulando dentro de uma sala que se tornou meu jardim da fantasia.
O video game seu maior passatempo, ele o meu melhor ganha tempo.
Também não tenho flores na janela,
mas o que importa ter flores quando não se tem alguém para oferta-las.
Minha visão não alcança o sol, somente carros e um trafico intenso,
mas porque reclamar da intensidade das coisa,
se meu coração também é de intensidade ainda desconhecidas por muitos.
O tempo não para, e em cada segundo procuro pensar que ter a metade do dia,
será sempre melhor que ter dia nenhum.
Sentado na minha cadeira de madeira, esqueço meus problemas,
sabendo que amanha poderei estar dormindo e desse sono não mais acordar.
Não tenho medo da morte, é a vida que me assusta.
Não tenho medo da noite, pois é durante o dia que conheço as tristeza e decepções da vida.
Do meu futuro não tenho medo, mas meu passado me assusta,
perturbar e não me deixa viver meu presente como gostaria.
Hoje é um dia diferente, amanha pode ser inexistente.
Já que o amanha pode não chegar,
vou aproveitar a metade do dia que ainda me resta e sorrir bastante.
E se não houver um amanha?
By lcdasilva
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