Ela nunca pensa,
apenas me beija
e me abraça na pressa
que sua vontade deseja.
A mão suada
do cansaço acumulado,
desta vida, deste nada
que me parece destinado.
E ela sozinha
sempre pareceu ter tudo,
abraça-me e diz que me ama,
perde-se comigo, em todo este luto.
Antes de nada poder ser feito,
parecemos ser algo diferente
de todo este mundo imperfeito,
onde nem parecemos ser gente.
Perde-se nesta ideia
que a ocupa destemida,
quando vagueia na areia do tempo
onde em três segundo tudo muda.