Fico a olhar essa gente
Feliz a pular pelas ruas
A maioria maltrapilha
Pelas praias impolutas.
Nada vêem pela frente
Seres platônicos em grutas
Sem dignidade e sem dentes
Pululando pelas praias impolutas.
São infantes ápteros, inocentes,
Carentes de carinhos e ternura;
Se sentem sozinhos, diferentes,
Passeando pelas praias impolutas.
Eu mesmo, o escrevente,
Sou mais um filho da puta:
Visto minha camisa reluzente
E me perco pelas praias impolutas!
Gyl Ferrys