Viajando,,,
Esperava a condução quando ela invadiu.
Tudo sentido na imaginação.
Vestia uma dessas calças justinha.
Que moldava até a alma.
E por cima.
Uma blusinha curtinha e apertada amassando toda uma comissão de frente.
Não agüentando o que via.
O freio de mão se partiu e o ego subiu.
E o maldito do ônibus que não chegava.
Pensei em feitiço, sarava meu pai, logo me benzi.
Mas tenho certeza nunca fui invadido assim.
O coitado de mim.
Quando sai do transe.
Foi que dei conta que ao meu lado estava uma velinha que me pareceu beata.
E pasmem tinha os olhos voltados para tudo que me aconteceu.
E botou a boca no mundo, gritando mais que falava.
_ Peguem o tarado.
Ainda me lembro desse dia, como corri.
Esbaforido e todo suado.
Chegando ao meu portão, mais uma decepção nem o meu cachorro me reconheceu.
Também pudera, amarrotado e falando sozinho.
Brisa maldita nem avisou para invadir.
Não fui o culpado.
Estava atrasado e a condução não passava.
O jeito foi pegar uma carona na imaginação.
Apegaua.