TEMPO ESTE Sinto controverso este tempo que é o nosso. Para uns trata-se de uma “Era” providencial, de mudança. Para outros e com não menos razões, do fim dos tempos. Recordo aqui a já então velhinha senhora Rosa quando aludia ao primeiro comboio que viu e a que chamavam galga negra, tecendo-lhe considerações (quando virdes galgas negras furarem as montanhas…)
Para nós, que nos cabe viver nos primórdios do século XXI, outras considerações se nos oferecem face ao fantástico dos avanços da ciência. Parece ser um dado adquirido que o Universo está em expansão constante e acelerada, qual serpente imprevisível nos seus impulsos, a que corresponderá, segundo os homens do saber, a possibilidade do famigerado regresso no tempo, que para mim tem laivos de apaixonante e em que, valha a verdade, ainda não acredito.
Mas destas vagas considerações permita-se-me como oportuna e legitima a pergunta: para onde vamos nós? Efectivamente nós, os que agora somos adultos e no dealbar da velhice, não descortinamos resposta. Será que os nossos filhos a vão encontrar e porventura auspiciosa?...
antonius