Nada me resta
senão escrever.
Escrevo,
tardiamente,
para quem quiser e puder ler
as palavras que me saem em rompantes
descontrolados, agonizantes.
Palavras inseguras mas constantes
aos jorros e golfadas cativantes!
Palavras perdidas no éter
ser-nos-ão volvidas
por altura das primeiras chuvadas
que este ano teimam em tardar.
Sente-se no ar a secura
das folhas secas
e a amargura
dos seres cansados que não podem respirar!
Soltam palavras sussurrantes
murmuradas aos ventos quentes...
Oiço-as
nos meus estados febris
e escrevo-as
nos meus tempos mortos.
Incipit...