O que mais pode traduzir a sabedoria,
Que não o domínio sereno da aflição,
Retendo as angústias das incertezas,
Conformando-se com a vida ao redor.
Conformismo pelo conhecimento de si,
Mesmo antes do saber da ignorância alheia,
Ciente das suas vontades e possibilidades,
Sem sofrer com desgraças imagináveis,
Fruto da aflição que geram infinitas dúvidas.
Sábio equilíbrio de quem não se conflita,
Refutando seu próprio ser e seu pensar,
Mistificando as conclusões em dores,
Sangrando a própria carne em flagelo,
Fazendo a auto-estima rastejar escombros.
Sábio quem não se ignora em delírio,
Temendo até seus próprios medos imbecis,
Fazendo-se servil dos conflitos intermináveis,
Sem fazer emergir a estima que merece,
Que seja pela sua simples e sábia vivência.
Sábio quem se conhece e se respeita,
Fazendo do seu viver sua enciclopédia,
Apaziguando sua alma quando aflita,
Rebuscando seus próprios valores,
Na sábia forma de se querer e se gostar.