Na condição de presa
Apresentei-me para um acasalamento
Cerrei os meus olhos e ouvidos
Apurei meu olfato desprovido
Esperei pelo golpe subversivo;
Aranha-do-linho
Meu corpo ainda queima
Meu gameta ainda teima
Agora que estou envolvido
Guia-me para as teias entorpecidas...
Teu leito sangra na aparência
No saciar da gula intransigente
Sinto a amarga sudorese nas veias
Viúva negra (animal peçonhento)
Acasalas-te no mais frio das tormentas...
Armou-me uma emboscada
Matou-me sem remorsos
Meu veneno encubado no teu ventre
Terei um verão para esquecer
Terás uma vida pra se arrepender.
Christine Aldo
Pela autora Christine Aldo
Village, Agosto de 2011 no dia 31.