Poemas : 

Deleite do rio

 
A flauta que canta no Tejo
embarca a colossal emoção
das ondas a embalar a saudade
vestida de sorriso
para ocultar a verdadeira razão
do rio correr para o mar…

São promessas
que as margens conhecem
o deleite do rio
agasalha esse barco
perdido à deriva
nas noites sem luar…

Nos dias frios
as chuvas choram
gotas humedecidas no oculto
as lágrimas da água
quando os gritos
apenas pedem para descansar
no balanço
do casco onde o leme
se perde do medo!


Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...

 
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AnaCoelho
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 01/11/2011 10:58  Atualizado: 01/11/2011 10:58
Usuário desde: 28/07/2009
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Mensagens: 10799
 Re: Deleite do rio
Um poema melancólico, tal como a vida em certos dias, quando esta nos desvia do nosso norte, e surgem as desventuras e se vão os sonhos.

Gostei Ana.
Beijinhos (aos dois).

Enviado por Tópico
Conceição Bernardino
Publicado: 01/11/2011 13:22  Atualizado: 01/11/2011 13:22
Usuário desde: 22/08/2009
Localidade: Porto
Mensagens: 3357
 Re: Deleite do rio
olá Ana gostei do teu poema...no balanço...onde o leme se perde do medo volta ao Tejo onde as conchas engolem a saudade.

beijo