Na proa do meu navio
vi teus olhos encandescentes,
teu olhar, esse senti-o,
estava perto, bem presente.
Teu rosto se franziu
teus braços me envolveram
tua boca sorriu
tuas penas se perderam.
Quis tocar nos teus segredos
em tua Alma sombria,
afastaram-me os teus medos
restou-me a Poesia.
Afundou-se o meu navio
e com ele o meu Amante,
teu olhar, esse perdi-o,
ficou longe, bem distante.
Apenas te queria Amar,
e Amando, me queria entregar!
Algo estranho nos iludiu
destino ou maldição,
algo estranho nos uniu
desde o berço ao caixão!
Ricardo Louro
Ricardo Maria Louro