Sempre achei que o amor fosse uma única emoção,
Mas mudava de sabor pelo tempero
Que púnhamos como ingrediente...
E eu, a minha maneira,
Temperei os amores que me apareceram,
Com os mais variados condimentos.
E na verdade, cada condimento empregado,
Funcionava como uma espécie de químico-terapia,
Na espera que a mistura de substâncias,
Não perdesse a essência da matéria-prima,
Mas que se transformasse em algo novo.
Hoje eu pensei, que perder alguém que se ama,
Não pode ser considerado como um bolo solado,
Porque simplesmente esqueceu-se de pôr o fermento...
Mas o amor, ah o amor, sempre continuará o mesmo,
E terá sabor único, porque tudo que se fez, tudo que se quis,
Foi por ele - único. E sua receita de tão requintada
E sublime, foi testada pelos alquimistas
Que o transformaram em ouro.
Raro, caro e desejado.