Vivemos em um círculo de perfeição e magnitude Beleza a qual está interligada com a natureza Com a luz do sol e a clareza do mar Uma maravilha divina, que podemos contemplar ao olhar as estrelas
E como fomos capazes de deixar toda magia e riqueza de uma floresta de lado Como ousamos quebrar todos os paradigmas sem ter ao menos um subterfúgio Animais racionais que agem de maneira inescrupulosa, matando sonhos e fantasias Na verdade esquecemos que vivemos em uma espécie de simbiose com a natureza
Queria voltar a sentir aquele vento ao fim da tarde Queria rever as borboletas bailarem ao som dos pássaros Ou pelo menos ver a linda flora que fazia parte de uma estrada desenhada por Deus Lembro-me de espécies que meus pais me contaram e de outras que eu conto a meus filhos
Na verdade estamos matando lentamente aquilo que nos traz a vida Estamos destruindo algo que jamais teremos a capacidade de reconstruir em origem Até porque não fomos nós que construímos e sim uma força que vai além do sobrenatural Que é mais forte do que a força dos nossos braços, é mais forte do que podemos imaginar
Um caminho, uma palavra, uma atitude, o que precisamos para amenizar tal covardia Como conservar, reflorestar, como reviver o que já foi morto por nossas mãos Procuro um equilíbrio entre a humanidade e a natureza Reivindico uma causa aparentemente iníqua, diligencio atitudes humanas
Nossas atitudes virão com o amanhecer, despertando-nos a uma consciência ambientalista Trazendo a esperança de um novo dia, trazendo o sorriso perdido da mãe natureza E então sentiremos novamente a brisa fresca e pura a nos tocar Teremos de volta o esplendor de um mundo deleitoso, teremos uma natureza rutilar
Pergunto-me de onde esse desejo vem, desejo delineado pela natureza que florece em mim, Desejo que vem como um grito de socorro, um grito de morte, um grito de mudança Grito que busca restabelecer um elo perdido, implorando por novas atitudes, novos hábitos Que tragam a harmonia entre o homem e a natureza, que o circunda e o mantém vivo
Metamorfoseamos a natureza em dinheiro e ganância Pelo capricho de ter bem mais do que precisamos Quando na verdade precisamos apenas do que, pouco a pouco, estamos devastando No entanto ainda há tempo, pouco tempo, de reverter o quadro que sofremos hoje
Como um filho que ao ver sua mãe morrendo, procura formas para revivê-la Ou quando estamos prestes a morrer afogados e de alguma forma aprendemos a nadar Quando a esperança está aparentemente perdida e damos a volta por cima Percebemos o quão valorozo e relevante é o que estava prestes a ser perdido
E então passamos a valorizar o som dos pássaros que não ouvimos mais percebemos a falta dos animais perdidos, entristecemo-nos ao lembrar de cores extintas E o que antes passava desapercebido por sua simplicidade é o que hoje mais sentimos falta Sentimos falta dos peixes exóticos, do mar azul, sentimos falta do crepúsculo e do ar puro.