DO ALTO DA MINHA ALTURA
Do alto do meu metro e setenta e três,
acima do chão;
sou, apenas,
alguns centímetros acima do Mar,
mas fico admirado,
com a minha altura,
que quase ao céu consegue chegar!
Ergo as mãos
e mais alto fico,
mais perto do Infinito,
ao encontro de novas visões!
Do alto da minha altura,
mãos erguidas,
preocupado em libertar-me da terra,
mas dizem-me uma verdade
que numa mentira se encerra:
que só depois de enterrado,
e fechado em sepultura;
é que posso voar ao céu
ou ao inferno que me espera!
Só me falta acreditar
nas mentiras da terra:
que para um corpo voar
tem de, primeiro,
ir a enterrar numa sepultura,
onde caiba sua altura!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(figas de saint pierre de lá.buraque)
Gondomar-PORTUGAL
Figas