Cai a noite, e com ela leva a luz do dia, que aquece as vidas das pessoas. A cidade imita o Sol e enche-se de luzes incandescentes, que agrupadas ferem a vista, em léguas de distância. Mas, nesta noite, não é isso que importa, porque a lua brilha, mais que qualquer janela cheia de candeeiros, e torna-se mais reconfortante, mirar a grande esfera branca, que julgo que, também, só me olha a mim. Sinto-me confiante, mas a segurança torna-se num alvo fácil de abater, vulnerável a maus olhares, susceptível a malfeitores. A luz que me encadeia, torna cego o que os outros gostariam de ver, eles não pretendem tapar os olhos, embora os ouvidos estejam tapados ao que eu digo. Não querem saber, feitos cegos, que o que eu vejo é com o coração, portanto é lógico que ninguém irá conseguir ver o que eu vejo.Temo em partilhar um orgão tão vital como este, pelas histórias que oiço: quem o devolve, rouba parte dele.
Mas deixem-me, senão me compreendem, ao menos deixem-me compreender-me a mim própria. Passei a ter medo, medo de que me roubem esta luz diferente, que o Sol seja egoísta, só para se exibir a todos, quando nascer. Não, Sol, não me leves a tua cara metade, este diamante em bruto e brutalmente, danificado. Eu sei, e tu deves saber também, que como este não há mais nenhum, que se preze a dar-me ouvidos. Mas ás vezes dou por mim a falar com uma pedra e que mesmo assim é a única coisa que me sabe ouvir.
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Tópico |
visitante |
Publicado: 09/10/2011 21:48 Atualizado: 09/10/2011 21:48 |
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Re: Lua
Proteja bem o seu precioso coração! Bonitos versos!
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Tópico |
visitante |
Publicado: 10/10/2011 12:19 Atualizado: 10/10/2011 12:19 |
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Re: Lua
ESSE SEU MARAVILHOSOS POEMA É O DECANTO DE UM TODO SABER, ESTA MARAVILHA
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