Poemas : 

A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)

 

A CRUELDADE do
TIC_TAC
do RELÓGIO
(Um poeminha triste)

Numa tarde cinzenta
de mar revolto,
enquanto aguardamos
a chegada do navio.
nada é mais cruel
do que ouvir o incessante
tic-tac do relógio
e ver o desespero do ponteiro
dos segundos, correndo
sem parar...

Marcando a hora do embarque
em que vamos deixar
as pessoas que amamos,
talvez para nunca mais voltar...

JBMendes
 
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JBMendes
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/10/2011 11:53  Atualizado: 08/10/2011 11:53
 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)
Querido Mestre e amigo, lembrou-me o grande POETA seu emocionante poema

" navegar é preciso viver não é preciso"

Abraços carinhosos de amizade.

ALICE

Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/10/2011 13:28  Atualizado: 08/10/2011 13:28
 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)
noutro dia me vi remexendo uma caixa de antigas fotografias. e lá estava a foto, lembrei-me dela lendo o seu poema amigo e poeta João. tirada pelo meu tio no Pier da Praça Mauá. partia o navio com destino a Pernambuco. amigos dele e outro tio meu partiam para guerra. quantos... quantos não sofriam ali com seus relógios. grato pelas imagens que me fizeste recordar... mais uma vez, um poema cumprindo o seu papel.

aquele abração carioca.

silveiradobrasil


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/10/2011 14:36  Atualizado: 08/10/2011 14:36
 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)
NESSE MOMENTO O TEMPO DEVERIA DE PARA, BELO PÇOEMA.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/10/2011 14:49  Atualizado: 08/10/2011 14:49
 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste) - Para JotaBê
Eu gostei, achei um poema simples, do jeito que gosto de ler, com verdades aí, que todo mundo já sentiu... Muito bom, pra mim.

Um abraço em você, JotaBê.


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 08/10/2011 15:03  Atualizado: 08/10/2011 15:03
 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)
Querido amigo, há quanto tempo, né?
Ah, o tempo... este ingrato,
que mata flores,
corrói monumentos,
e pior, leva as pessoas que amamos,
mas nos permite,
como um ato de misericórdia
ter as lembranças e os ensinamentos,
rever na tela fixa dos olhos
a beleza de um semblante de bondade,
a certeza duma vida bem vivida...
De um alguém que foi amado...

e a grande lição é de que o tempo é cruel
e que não há tempo à perder.
Contigo, meu amigo, aprendo sempre a candura que se perdeu ao longo dos duros anos dessa nossa modernidade. Nos teus versos encontros flores perfumadas e damas da noite que nunca morrem. Aqui, nas tuas sempre puras letras vejo a criança eterna que a pureza duma alma pode carregar num corpo e, deste modo percebo, que não é a idade, mas a vontade que nos guia para além do que podemos.

Teu poema é lindo demais. Acho que dos teus, o mais lindo que já li, me emocionei demais. Amigo, posso dizer-te com todas as letras, és sim, POETA-MESTRE!

abraços saudosos desta amiga sumida, mas fiel


Enviado por Tópico
FatinhaMussato
Publicado: 08/10/2011 15:41  Atualizado: 08/10/2011 15:41
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 Re: A CRUELDADE do TIC-TAC do RELÓGIO (Um poeminha triste)
Boa tarde, João, poeta querido!

Como às vezes o tempo, o tiquetaquear do relógio, sabe nos magoar!
Lembrei-me de meus avós maternos que diziam do horror de ver o tempo passar, levando-os cada vez para mais longe dos seus, quando vieram para o Brasil, logo após se casarem, para nunca mais voltar a Portugal!
Agradeço pelas recordações que teu poema me trouxe!

Abraços ternurentos para ti, amigo e mestre!

Fatinha.