FIM DE ANO
Quando o ano vai se despedindo,
Deixa na estrada uma doce fadiga,
Que se apossa do nosso espírito,
Como o adormecer na rede da varanda,
Nas tardes de verão...
As pitangueiras grávidas explodem em flores
E os corais improvisados cantam canções de Natal
Mal afinadas...
Há um rebuliço nos magazines, uma alegria postiça
Que se dá ao mesmo tempo em que milhões de excluídos
Olham, tristemente, para o horizonte, ainda sem ver
A luz no fim do túnel...
Povo! Levante a cabeça
E repare no azul do firmamento
Uma faixa com a inscrição
Da grande LEI: “TUDO SE TRNSFORMA,
TUDO PASSA!”
E, a cada fim de ano. em marcha batida
Vai se reduzindo a distância
Que nos separa de um tempo
Onde haverá felicidade para todos
Amem!
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