enquanto a existência se alonga
toda a nossa vida fica encurtada
envolta em torvelinhos de emoções.
vê-se na página das recordações;
apesar de já insípidas e inodoras,
repassamos nossas lembranças,
fazemos em reencontros insones
quais livres almas vivas varando
perdidas pelas noites enluadas…
sonhos; cada vez mais rarefeitos.
sorrisos; cada vez mais desfeitos.
amor; ah o amor e seus defeitos.
enquanto isso; se vê o tempo urgir;
e nem os cupidos podemos culpar
de não se ter mais o sabor do beijo,
sequer ter o carinho como desejo.
reconhecimento de se ser, no ensejo,
da sublimar consciência da amada,
ficar aguardando; sua visita inesperada…