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Castanho

 
Castanho

Se no meu olhar vera
O verde que vejo no seu
Mas não-vê castanho
E lhe pode ser estranho
Este tom de Primavera
Que não esverdeceu

E é tão igual no fundo
O corpo assim o vê
Duas cores para o mundo
Que só de uma maneira se lê

Se o inconsciente-consciente
Não os diferencia
Porque é separado pela gente
Como a noite é do dia

Ou então que o seja
Quem sabe é para melhor
Que veio a inveja
Pintar-nos de outra cor

Neste meu castanho
Não haja engano - por favor
Nada há de estranho
É só a cor do meu amor.

Diogo Mendes


 
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DiogoVega
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