Introdução
-a ti meu querido diário posso-te contar tudo o que passa em minha memória. Pois sei que nada nem ninguém me irá julgar.
Bem meu querido amigo diário, às vezes sinto-me como se estivesse dentro de um enorme vazio existente na minha alma.
E nesse vazio sombrio existente, tento ir em busca das alegrias tornadas ilusões.
Sinto-me a cair no abismo, peço às criaturas da noite para me ajudar, mas estou só! Sempre só!
Sentimentos obscuros, fantasmas nocturnos que choram afinal não estou tão só… tristezas profundas que devoram o seu peito fechado a minha alma se torna melancólica que vagueia pela noite negra. Peço há lua para não ter medo desta alma tão triste e só…
Trajando sempre o luto, somos o ser estranho, humano da felicidade lúcida não existente na terra. Nunca tenha medo do fim!
Nunca temas/tema o desconhecido… sente/sinta só as sombras a apoderarem-se do teu/seu coração e dai nascer a morte da vida.
Num mundo sem dor, onde apenas resiste os cavaleiros da arte negra!
1Capítulo
-talvez a noite seja conjugada com o luar
Para realçar os corações desprotegidos de quem está a dormir
Mas para mim é o esconderijo do perdão da sombra daquele olhar
Que um dia decidiu me apanhar e da minha paz retirar e fazer da minha cama fugir
Pois a minha alma no meu corpo já não quer repousar
Os gritos de sofrimento de almas perdidas ao anoitecer
Puxão a minha alma fazendo-a flutuar no ar.
Constituindo uma humana que irá perceber
Que o sofrimento é exposto em cada lágrima gerada.
De cada corte no corpo gritado
A escuridão e ´ recreada
Em cada possa de sangue pisado
Os minutos, segundos, horas, dias, vão passando e nada irá mudar
Este sofrimento nunca irá acabar
Os olhares, por eu ser diferente, sou aquilo que os outros não conseguem ver.
E não consigo esquecer.
Que as pessoas só se lembram do próximo
Quando a sua vida lhe é levada/ retirada
Mas será verdadeiros os seus choros
Olham na reunião fúnebre de passagem relembrando o papel de poste como foto retratada.
Revivendo as suas birras em criança e dos seus verdadeiros choros.
Agora falando de vida detalhada
A estas pessoas o que lhes foi ensinado?
Respeitar e no momento certo calar
Ou simplesmente humilhar e matar?
Mas mesmo que tudo seja falso eu me escondo atrás das grades para não ouvir
Nesse mesmo caminho percorrido os passos de crianças e adultos a gritar
O meu peito abre as cicatrizes curadas só de reflectir
Aquele filme triste de imagens que vi chorar
Porque que a realidade pesa tanto no meu ser?
Se as flores já murcharam e tudo escureceu
As pessoas que eu estava habituada a ver
Já se foram quando o inferno há terra cedeu.
inacabado
hayley hopscotch...Liliana Silva