Versos são como flores, que todas
as manhãs, despertam para
o sol, trazendo do fundo de suas raízes,
a essência, que as nutre e as vitaliza.
São jardins de poesias, em toda a sua
plenitude, espargindo cores,
a nossos olhos, por entre reais vicissitudes,
próprias da terra, que as medeia.
E o poema se faz realidade e interacção,
de uma respiração tranquila,
que vai de frase em frase, ocupando os
seus espaços, até ao focinho da palavra.
Referência, que não é nunca de somenos,
que no verso se encandeia
e se explana (até se tornar em algo de
plausível), e que pela poesia se revitaliza e transcende.
Tal qual asas de pássaros, que pela consciência,
de espaço e de tempo,
fazem com que seu voo, seja de uma beleza
extrema, sem limites que os prenda.
E em cada árvore um verso, quando se faz
galho, crescendo gradualmente,
por entre rebentos de folhas, rescrevendo
sua existência, no alcance dos céus.
E a poesia vai por aí, nas águas claras de um rio,
iludindo escombros e seixos,
e falésias de mármore, que façam perder sua
génese, de ser todo este mundo, por haver.
Jorge Humberto
06/10/11