De folga pro tempo – Lizaldo Viiera
Sabe lá
Daquelas histórias vividinhas
Pelo mazarope
Com reiva de tudo
fumar o cachimbo da paz
Conversar com os animais
Esquecer do mundo
Tempo parado
Preguiçosamente
Deitar e rolar na cama de vara
Roçar os pés
Esquecer que o mundo
Com seus problemas existem
Esquecer as últimas Imagens
Do transito
Folhear mapasObservar vídeos pornôs do yutube
Ler e reler jornais com noticiais
Da última hora
Saber do que rola nos livros
De Luiz Antônio Barreto
Escrever e-maios com conversas fiadas
Alimentar o Blog com fotos
Do carnaval que passou
Travar discussões políticas
Sobre a próxima eleição
Hum coisa mais chata
Quero saber de coisa mais amena
Comer macaxeira cosida com carne assada
No mercado de Aracaju
Andar no teleférico
Do morro do urubu
Tomar banho
No olho d’água
Do rio siriri
Na mata do cipó
Termo de pé do banco
Ter algo lúdico pra contar
Sobre a festa das cabacinhas
De cominho
Falar
Imaginar
Saber de tudo
Até das confusões da Jarilene
Com licença
Obrigada
"Olhe eu podia estar matando
Roubando
Prostituindo-me
Mais eu estou trabalhando
“O senhor me respeite”
Ficar pra lá de Bagdá
Em Copacabana
No bar do Canabrava
E um bom dia ao sol de minha atalaia
Que venha essa folga
Melhor que tudo
É contar com os bons fluidos dos amigos
Xocos lá da Ilha de São Pedro
Mesmo percebendo tudo que se passa de sonho vazio
Nas promessas dias melhores
Para os doadores das águas do velho Chico
Nas malditas transposições setentrionais
Enquanto meu rio Sergipe
Funga de esgoto e lama
Exalando um mar de terríveis odores
Golfinhos e botos reclamam
Por aquelas ondas já nem aportar
Na vida insegura do nosso modo de viver
Poluindo tudo
Matando tudo
Que Deus esteja com nosco
Até os últimos dias
Q U E S E D A N E C U S T O d e V I D A - Lizaldo Vieira
Meu deus
Tá danado
É todo santo dia
O mesmo recado
La vem o noticiário
Com a
estória das bolsas
Do que sobe e desce no mercado
De Tóquio
Nasdaq
São paulo
É dólar que aume...
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