Monsaraz! Muralha informe sobre os montes
que te ergues soberana aos Céus,
paro, escuto espero que me contes
porque ficas tão distante, envolvida nesse breu!
Em vão esperei tua resposta ...
Em vão meu rosto envelheceu ...
Mas minh'Alma ainda se alvoroça
ao vêr que a noite pereceu!
Oh! Doce Monsaraz! Amanhece ainda aos olhos meus!
Não deixes que me aparte de ti
sem que prove os beijos teus!
Pois, só tocando os lábios teus, minha amada Monsaraz,
poderei ser livre, adormecer repousar!
Poderei enfim morrer, poderei partir em Paz!
Ricardo Maria Louro
À doce Monsaraz que foi meu berço desde todas as Eras. À bela vila Alentejana que mais uma vez, nesta nova juventude, foi o rosto que me olhou, a Alma que me acolheu! Monsaraz é em meu Ser uma terra intemporal.
Diz a Voz daquela Gente, que à noite, quando se avista Monsaraz iluminada, parece que se vê um barco ancorado aos Céus ... e assim é!!!
Ricardo Maria Louro