Eu vivo a respirar um amor preso à tua liberdade,
onde eu mais me sinto livre,
crendo amar-te e ser amado
e tudo crendo, crer ainda ser desacreditado
porque sem ti nada é-me o mundo.
Se compuser este poema em vão a culpa é tua,
assim culpada e bela, reticente e nua,
a desejar em mim o quase indesejável.
Amante o sou por esse amor bem diferente
onde eu posso sentir o que tu sentes
e beijar com fervor o que em ti deixar beijado.
Teço esse grande amor como se te pedisse alforria
e enxergasse o Sol à noite e a Lua ao dia
e tu e eu fôssemos de tudo o outro,
misturados em mil desejos afoitos,
sendo nós os melhores amantes do mundo,
os que sabem tudo....
os que já nasceram presos para amarem diferente e livres.