Eu amo o amor que sinto
e as lágrimas que meus olhos choram
e as mãos que me afagam inglórias
desejando minha alma e minha carne.
Em mim o algo que há é quase puro,
desejadamente são, maior que tudo,
embora que desigual ao resto do mundo,
o que em mim, ansioso, habita e mora.
Eu amo atirar-me insone aos sonhos mais rudes,
sentir o amor nu e os outros algos que me iludem,
como se para viver eu desenhasse nobres pesadelos,
cantasse alegre a canção do medo,
no silêncio magestoso das almas que em minha alma choram.