Eflúvios das flores que desabrocham
Somente em noites de prateado luar
Em danças libidinosas rodopiam no ar
Colorindo todo ambiente onde exalam.
Eram essências das camélias e roseiras
Amalgamadas em deliciosas fragrâncias
Das hortelãs e das flores das laranjeiras
Em mescla divina com outras substâncias.
Penetram e aprofundam em espelhos
Num revoar de névoas novas e líquidos
Enriquecidos pelos goivos e pelos lírios
Que balouçavam as folhas dos coqueiros...
Num espetáculo colorido de absintos
Numa tarde crepuscular que já morre.
O tempo, meu amigo, não passa: Corre.
Depois apenas eflúvios, distantes, distintos,...
Gyl Ferrys