Este mês é Setembro, outra vez!
D’outros já não me lembro,
Mas, a este chegado
Estou eu, nele embarcado,
Neste navio do tempo, sem dono,
Mas com rumo ao seu destino;
Ao Outono, navegando,
Pirateando a beleza dos verdes,
Dos castanhos, dos dourados
E, ao porto chegado,
Recolhido o viço do Verão,
Descarrega a melancolia da Natureza,
Despida,
E tudo fica no chão!
A Natureza entra na letargia do sono
E cobre-se com o manto branco do Inverno
Até nova Primavera renascida;
Nova vida em pleno!
Ao cais do tempo
Chega sempre o barco de Setembro,
Neste estou embarcado
D'outros já não me lembro,
Mas,
Todos os meses me trouxeram até aqui,
Porém, não sei qual deles me leva,
Estou no cais,
....à espera!
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Autor: Silvino Taveira Machado Figueiredo
(o figas de saint pierre de lá-buraque)
Gondomar
Figas