De tudo, nada sei de um grande amor
quando me avisa o coração que estou amando,
ou apaixonado pelos delírios do teu corpo doce
que ouso provar feito divino homem.
Nômades Pátrias, Pátrias nômades,
angústia desértica em árido andar perdidamente lúcido
a olhar sem ver o brilho do sol entre as estrelas.
Pobre poeta tão rico de ilusões!
Cântico de dor olhando minha sombra
a vagar entre os lobisomens da rua escura e nua,
casa de ninguém, oferta crua
dos dois corpos que me abraçam:,
o anjo e eu, eu e o anjo, além da conta!
Da sala ao quarto, eterna insônia!
Vago a inserir-me, nalgum verso que me chega
a dizer-me da madrugada que já se vai desacesa,
como se o pernoite houvesse engolido minhalma.
De tudo, depois de feito este poema, quase nada sei de um grande amor.