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Pés ébrios

 
Dorme ao léu, no fundo de um bar bêbado,
certo homem embriagado,
filho do álcool,
Irmão do fim,
qual desigual bêbado à toa,
Igual a um navio sem proa
visto por um olhar cheio de lágrimas.


Tudo há nesse bar: do amor à queda,
do choro à gargalhada.

Tomo-me de afetos e enjoo a vida.
Ai de eu morrer na lucidez dos vívidos,
ao abrigo dos ventos trôpegos.

Invade-me certa ousadia,
pois prefiro pôr este poema em prosa,
do que embriagar-me por certas covardias.

 
Autor
Paulino Vergetti Net
 
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Enviado por Tópico
varenka
Publicado: 03/10/2011 22:08  Atualizado: 03/10/2011 22:08
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Mensagens: 4210
 Re: Pés ébrios
Belo poema!Adorei ler te!Varenka