Tive muita sorte,
e proteção divina.
De um doutor, chamado,
Waldir Medeiros, em meu caminho
encontrar.
Quase não nasci,
por pouco, eu não pereci.
Na infância, murmúrios ouvia,
"quando foi ao hospital,
tão enxerida,
foi-nos dando adeus, essa menina"
Nada entendia e por isso.
Achava aquilo tontice,
daquela gente adulta falar.
Nada importava, só queria era brincar.
Na meiguice, na fantasia,
nos brinquedos e folguedos.
Ser apenas criança.
Dessas crianças que na infância,
encanta... eu era assim.
Encantava, e a todos fazia me amar.
Logo cresci e entendi,
sabe aquela estória lá atrás,
do "dando adeus" ?
Pois é, na horinha "H",
em vez de posicionar a cabeça, ou os pés,
vim com todo meu topes.
Logo, expondo a mão.
Uma mão tão delicada,
pequenina, mas,
cheia de vida.
O médico já, da labuta alquebrado,
de fazer naquela noite, tantos partos,
pela pequena mão ficou apaixonado.
Pelo senso do dever, revigorado.
por aquela vida, brotando.
Pelo amor, ao próximo, à profissão.
Leva a sala de cirurgia, e arranca
das madres daquele mãe,
Aquela vida, aquele ser.
Pra hoje, nestas páginas escrever,
a Saga daquele noite.
Hoje enaltecer, aquele obstetra,
que usava com maestria seus
conhecimentos e com seu amor e respeito.
Dava a todos o direito de viver!
Assim, hoje, cá estou.
Muito e grata e com amor.
Dizer aquele Doutor.
Obrigada, por ser cumpridor do seu dever.
Devo minha vida a você.
Que Deus possa te abençoar.
No céu onde deves estar.
Desejo que hajam muitos outros iguais,
a ele, exercendo essa profissão,
que é mais uma missão.
De amar ao próximo como irmãos.
Fadinha de Luz - Dedicado ao Dr. Waldir Medeiros
-médico em Manaus/Amazonas Hospital Beneficente Portuguesa ano de 1953.