Benevolência é sempre intensa
Quando olhares são trocados
Fugaz veemente,
No miocárdio melindrado.
São impetuosas, as palavras
Quando me dizes impossível,
Sinto-me na periferia
Com o coração passível
Trago fragmentos de tempos,
Efémeros, como velas,
Que me embalam no teu colo
Como chama cálida das estrelas
Não são certas, as vezes
Que me tornei em palavras brutas,
Sem mereceres metade disso
Mereci ao dobro, a quantidade de lutas
Por mais espírito apático
Que eu possa transparecer
Sou, apaixonadamente,
Um coração entregue ao teu ser
Sou, de parte, um monstro,
Em que a vida depende de pétalas
De forma Sagrada, ela o é
E não precisa de asas
Exala incandescente,
Sem sentido a metas,
Apesar de me atingir
Sem precisar de setas
É uma rosa, dizem pela forma
Mas eu só noto nela
A forma como ela me engloba
Eu não vivo num mar de rosas
Como se costuma dizer
O meu mar é feito só de uma
Que eu morro em proteger
Não me sinto bem
Se te perder em mérito de falhas
Vou te regar enquanto posso
Incumbir-te nas minhas palavras
Mesmo, que algum dia
Questiones em fugir
Partir p'ra horizontes
Que teimam em divergir
Eu vou secar-te e pendurar-te
No canto do meu quarto
Congelar a tua vida
Para que nunca te perca, o contacto
Inato, mas inerente a ti
Sou o monstro de uma rosa
O meu Fado é em prosa,
As palavras são as nossas