O Outono veste-me as mãos
os olhos seguram o olhar
no chão da nostalgia…
As flores da Primavera
perduram no cesto da emoção
mesma apagada…
Um sopro ruivo
penteia a fonte da saudade
os traços ambíguos
onde repousam as folhas
que caíram sem vida…
A placidez dos gestos
veste nas costas o soslaio
que o fundo anil pinta
para lembrar que a Primavera
se alimenta dos Outonos
no calor do silêncio
que cada lágrima entrega
ao dia seguinte…
Ana Coelho
Os meus sonhos nunca dormem, sossegam somente por vagas horas quando as nuvens se encostam ao vento.
Os meus pensamentos são acasos que me chegam em relâmpagos, caem no papel em obediência à mente...