Fulgem em meus olhos tantos e tais
(Como que se fossem feitos de mil metais)
O brilho do amor que trago por dentro
Que o brilho do sol se torna pequeno
E meu amor o maior de todos os animais.
Sinto fragrâncias deliciosas, tantas e tais,
Que queimam o meu corpo variados incensos.
Os vapores que emito são tão variados e intensos
Que abalam as estruturas duvidosas dos cristais.
Ardem em mim fogos fabulosos e multicoloridos
Queimam, em brasas, o meu corpo tantos incensos
Que mesmo que me invadam mais de mil e um rios
Não seria refrigerante do sol que trago por dentro.
Resplandecem em meus olhos tais
Como que se fossem feito de metais
Uma vontade louca de ser um menino
E de hora para outra de ser passarinho
De me livrar desse desejo ferino e estranho
Que move todo meu ser e meus olhos castanhos
Em cantos sem encantos e sem encantamentos...
Mundo sereno e pequeno...
Como aquela multicolorida borboleta
Que pelos ares baila e, feliz, pompeia
Sem procurar pela riqueza ou felicidade
Pois a natureza é a mãe sábia da verdade
E furta de uns o que a outros dá por cadeia...
Por isso
Fulgem em meus olhos tantos e tais...
Por isso
O brilho do sol se torna muito pequeno
E o meu amor o maior de todos os animais!
Gyl Ferrys