Na faculdade aprende-se
Que ninguém deve viajar sozinho
Vamos entrando devagar
Em todas as cadeiras de cada aninho
Os mais velhos sentem a repressão de não estudar á muito tempo
Nós, também, quase principiantes, vamos entrando ao som do relento
Com os risos e maluqueira espontânea vamos nos unindo
Começamos cada um dando o litro e convergindo
A diferença não é tão grande se formos bem acompanhados
“Professores” inteligentes dando as aulas preparados
Para brincar na hora certa, se for preciso
E nos lançar carradas de conceitos com um toque de narciso
O difícil é entrar, nova rotina, nova viagem
Novas salas para percorrer
Escadas gastas por saber
Que o seu chão é totalmente torturado de passagem
Aprende-se também a não ter medo
A olhar para cada disciplina com olhar de mestre
Como a vamos ter no semestre
Não podemos dar de mal passado
Será também quase que um luxo
Estar numa turma de raparigas
Por mais pequena que seja há sempre intrigas
Capazes de nos prender ao conhecimento
É vantajoso saber quem somos
E que juntos talvez fiquemos
Tudo começa pela vontade de nos entre-ajudar
O tempo corre e na faculdade aprende-se a sentir a melhor forma de brilhar
Flávio Miguel Pereira, poeta
Primeiro poema e para já muito simples dedicado á minha turma na faculdade