Nada mais interessa
Ao tempo
Quando as folhas lhe caem suaves
Melodias na pele descendo
Carícias de Outono sábio
Trazidas por doce vento
Nada mais interessa
Ao olhar
Quando o caminhar
Se faz contra o nevoeiro
E mais adiante o sol se ergue
Reluzindo o arvalho nas silveiras
Nada mais interessa
Ao coração sedento
Quando se abre numa fonte
Dum sopro aparta o limo
Da água a mostrar-se límpida
E em pequenos goles bebe
Nada mais interessa...
Quisera eu ser poeta
Quisera eu ser pintor
Escrever telas e pintar poemas
Escrever, pintar, pintar,escrever
A humanidade com muita cor