Se o vento pudesse falar
E nós ouvi-lo gritando
Não seria de espantar
O que se tem passado a normal comando
O ser governa o mundo
Nós governamos até o que não deve ser governado
Depois o céu torna-se irado
E lança seu ar raivoso em um segundo
O vento rosnou, dividiu-se e sucumbiu
Partiu casas, rachou momentos
Que assim trocam os ressentimentos
Pela história que por lá já se viu
Ás voltas pela terra fogem os habitantes
O desastre não é feito por eles
Porque se o fosse, oh, se o fosse
Os EUA seriam em nós como sempre mandantes
Mas o vento promete rasgar e ficar mais fraco
Quer que se sinta o seu sofrimento
Se houver perdas sem consentimento
O homem verá em si que é só um caco
11 rasgos de vidas provocados
Chega para interiorização de quem tem que ser
Num pais em que todos os europeus são quase que escravizados
Os Estados Unidos merecem com a natureza tremer
Mas penso eu…
Não serão certamente os únicos no mundo
Que sentiram o peso de um mal profundo
Que de todos tem consequenciação
Flávio Miguel Pereira, poeta
Poema feito quando passavam uns dias depois de se saber do furacão Irene, pensei que tinha já o colocado aqui mas como não o fiz na altura certa dou para apreciação agora.