Poemas : 

Opalas Espumantes

 
Repousam serenas e tranqüilas
Em meu peito largo e perigoso,
Como um clarão vil misterioso
As mesmas águas vivas cristais...

Penetram-nas um sol d’ouro ardente
Reverberando os seus raios luzentes
Acordando os mais abissais vegetais
Dos mares jaspes de raro esplendor
Onde seres púrpuras com tal vigor
Perdem-se em desenhos florais...

Ostentam ao fundo os sem-olhos
Peixes colossais de tal sordidez
Que se misturam em tintas colores
Cuja tepidez similar a das flores
Escamadas que, impávidas, desfralda...

Singra a superfície lisa do líquido
Um cristal azul enorme de absinto
Por mares que ardem em esmeraldas...

Resvala as vagas opalas espumantes
A nau vazia de meus sonhos gigantes
Que os ventos alísios vieram acalmar
No oceano de águas claras diamantes...

Sem saber quando vai voltar...


Gyl Ferrys

 
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Gyl
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Enviado por Tópico
Migueljaco
Publicado: 24/09/2011 22:26  Atualizado: 24/09/2011 22:26
Colaborador
Usuário desde: 23/06/2011
Localidade: Taubaté SP
Mensagens: 10200
 Re: Opalas Espumantes
Boa noite Gyl, seus versos nos trazem renomadas rimas, narrando uma cena em que a preciosidade se faz eloqüente, parabens pelo seu instigante poema, MJ.


Enviado por Tópico
Vania Lopez
Publicado: 25/09/2011 00:56  Atualizado: 25/09/2011 00:56
Membro de honra
Usuário desde: 25/01/2009
Localidade: Pouso Alegre - MG
Mensagens: 18598
 Re: Opalas Espumantes
Meu querido, desde o título eu gostei. Daqui obrigada. bjs


Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 25/09/2011 08:26  Atualizado: 25/09/2011 08:26
 Re: Opalas Espumantes
Maravilha de poema! Parabéns mil, caro amigo!