Respiro bem fundo,
e pergunto por ti
bem alto ao mundo,
eu ainda não te esqueci.
Volto a inspirar fundo
e olho em volta,
tudo em mim tão imundo,
tudo em mim parece revolta.
Então entrego-me,
e desprendo-me de mim,
voou por aí e calo-me,
procuro-me no fim.
No fim de tudo
como agora conheço,
a idade leva-me de luto,
amanhã não sou, o que hoje esqueço.