Quis teu corpo meigo de doçura
Em tua boca procurei um abrigo
Para conforto nas noites escuras
Longe dos olhares e dos perigos,
Próximo dos prazeres proibidos.
Quis beber do teu liquido lácteo
Das substancias odorosas e melífluas
Quis beber da tua poderosa língua
Para depois repousar nos teus braços.
Quis me aliviar dos meus cansaços
Por isso em ti procurei meu sustento
Sonhei milhares de sonhos de ventos
Que dissolveram meus sonhos pelo espaço.
Quis teu leito e teus dedos vermelhos
Como quis te amar em noites de luar
Tendo a relva e os anjos para testemunhar
Os teus seios me servindo de travesseiros.
Quis tudo isso e, acredite, muito mais.
Porém o teu amor não corria para meu oceano.
Era apenas um rio efêmero e fugaz,
Repleto de cascatas, de falhas e... Meandros!
Gyl Ferrys