NO RANCHO FUNDO
O velho ranchinho do vale, lá no fundo,
parece fazer divisa, com o fim do mundo,
que está ao lado da bela quaresmeira.
Árvore que mostra na bela flor, a vaidade,
são como os retratos de uma saudade,
que aqui ficou, em sua visita derradeira.
São as lembranças da linda moça serrana,
que visitou um dia, minha pobre cabana,
e que partiu em seu cavalo, na tardinha.
A bela imagem dessa tão bonita colona,
sei que em minha alma, pegou carona,
e minha casa, de longe, vejo tão sozinha.
Olhando para o vale, ainda vejo o cavalo,
que vontade de chamar, mas nada falo,
são as belas fotografias de minha ilusão.
Vejo flores da primavera, na choupana,
onde a floresta se transforma em savana,
é a saudade, que está sentindo o coração.
GIL DE OLIVE