Submergida num Oceano de Angustia, que me sufoca. Os meus pulmões enchem-se de água Obrigando-me a uma luta por oxigénio. No espernear por um inspirar heroico, Desespero ao ver que estou Sem forças para lutar. E o Oceano engole-me Invade a minha existência, Acorrenta-me nas suas correntes Que me levam sem saber para onde. Sou puxada cada vez mais para baixo. Para as profundezas da escuridão. Submergida na dor que me pertence. Submergida na covardia que me sustenta. O meu corpo se apaga na escuridão. A minha Alma se submete a esta prisão, Na esperança que aches a mensagem perdida na Imensidão destas águas. As palavras que irás ler Serão as ultimas que irei escrever. Vou -me recolher numa concha No fundo do mar, Fechar os olhos, mergulhar no silêncio, Ficar no medo da escuridão. À espera que agarres A mensagem perdida que um dia lancei ao Mar.