FITANDO O ESPAÇO
(Jairo Nunes Bezerra)
Vivenciei tudo... Até o mar e o anoitecer,
Deixei as refulgentes estrelas à distância...
Foi mais um descuido... Foi sem querer,
Pois de uma delas exijo tolerância!
E essa, altaneira, continua no mesmo lugar,
Constantemente a procuro no céu...
Desejoso de meu amor confessar,
E disso impossibilitado vago ao léu!
Pobre mortal que vaga pela terra,
Tristonho fica quando a noite se encerra,
E vaga pelas ruas enegrecidas!
Seu desejo maior é voar pelo espaço,
Evitando com a aproximação o descaso,
Que deixa a sua alma deveras aflita!