Descobri, através de um amigo, noutra Rede, esta modalidade de composição poética, que acho muito bela, interessante, se bem que muito exigente, quanto à sua construção.
Esta foi a minha primeira tentativa.
Espero que gostem!
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Querendo, eu posso ir além
Das palavras e dos gestos sem raiz
Para erguer, entre o espaço, a madrugada
E erigir, entre os sorrisos, a esperança
Dos anónimos que, vão peregrinando,
Para obter misericórdia e paz infinda.
A crueza crescente torna infinda
A caminhada daqueles que vão além
E em desespero se dão, peregrinando,
Sem descobrir compreensão, cuja raiz,
É a garra que sustém toda a esperança
Que os leva, quase voando, à madrugada.
E, mesmo quando a noite cai, a madrugada
É que os impele a obter a luz infinda
Que trás no bojo o rumo da esperança
Com que escalam montanhas e, mais além,
Subindo e descendo, descobrem a raiz
Da força que faz que vivam peregrinando.
Podem vir os medos… Seguem peregrinando!
O alvor da aurora anuncia a madrugada!
E as sombras nascem das copas, cuja raiz
Sustenta o tronco e a ousadia, quase infinda,
Reganhando a batalha, fá-los ir muito além
Em busca do sonho, encharcados de esperança.
Nada é impossível! Uma réstia de esperança
É quanto basta a quem segue peregrinando!
Quedar-se não é resposta… Ir sempre mais além
É um chamamento que desperta na madrugada
E o querer é um poder, uma força infinda,
A germinar do profundo de cada um, como raiz.
À margem, nas bermas, lançando a raiz,
Semeiam o alvor de novos dias, a esperança,
Que desperta do adormecimento e assim, infinda,
Realiza a eternidade a quem, peregrinando,
Descobre o sol da vida em cada madrugada
E em cada estrela cadente vê a luz do além!
Ah desafio do além, onde suporto minha raiz!
Alcançarei uma nova madrugada de fé e de esperança
Ou seguirei só, peregrinando, na noite infinda?
Em 28.Ago.2011, pelas 09h00
PC